Vivenciamos, em nossos dias, um novo renascimento; o renascimento do paganismo. E, através desse fenômeno, contatamos, cada vê mais, uma decadência social, decorrente da perda de valores, ou desvalorização dos princípios.
Situação semelhante viveu a humanidade nos séculos 15 e 16. O Renascimento de então, esforçando-se para restaurar as riquezas das antigas culturas pagãs, particularmente a cultura e a arte dos gregos, conduziu à exaltação exagerada do homem, da natureza e das forças naturais. Exaltando a bondade e o poder da natureza, menosprezava-se e fazia-se desaparecer do pensamento dos homens a necessidade da graça, a destinação da humanidade para a ordem sobrenatural, a luz trazida pela Revelação.
Com isso, desencadeou-se um desagregamento profundo na cristandade, possibilitando circular pelos bastidores das nações católicas o veneno do naturalismo político e social, logo, logo, alcançando as universidades, atingindo os “filósofos das luzes”. Estes últimos imaginavam um estado de natureza que nada tem a ver com o realismo da filosofia cristã, culminando com o mito do “bom selvagem”, de Jean Jacques Rousseau. Assim, fica a lei natural reduzida a um conjunto de sentimentos que o homem tem de si mesmo e que são compartilhados pela maior parte dos outros homens.
Na ânsia de emancipação em relação a Deus e à sua Revelação, o homem cortou as ligações com os princípios da ordem natural, separou a fé e a razão. Ora, ensina o Magistério da Igreja que “a reta razão demonstra as bases da fé e, esclarecida por ela, cultiva a ciência das coisas divinas; e a fé, por sua vê, livra e defende a razão dos erros e lhe proporciona inúmeros conhecimentos” (Const. De Fide Catholica, “Dei Filius”, D nº 1.799). Mas isso gerou a Revolução e, esta, promoveu o liberalismo, o naturalismo e o racionalismo. Deificaram a razão, cavando abismos e levantando muralhas; forjaram uma liberdade, sem os fundamentos da verdade. Com este espírito fez-se a Revolução, cujos frutos sazonados a humanidade colhe e saboreia, alimentando a livre interpretação dos valores éticos e morais e dos princípios em que se baseiam.
Essa Revolução é quem advoga a liberdade de pensamento e a liberdade de expressão, subterfúgio mor para propalar aos quatro ventos os mais absurdos conceitos, contaminando todos os meios sociais, principalmente aqueles sem formação e, pior ainda, sem capacidade de discernimento. E isso pudemos verificar, na última semana, em Lafaiete, quando um templo católico foi tristemente profanado. O autor desse vitupério, segundo suas próprias declarações à imprensa, apresenta-se como um lídimo protótipo de vítima do livre pensamento, sem fundamentos, cognominado arauto do neopaganismo, lamentavelmente por néscia decisão.E, para conforto daqueles que sofrem com essa pública manifestação de decadência ética de nossa sociedade, transcrevo um trecho do sermão proferido pelo cardeal Augusto Álvaro da Silva, em 1927, quando uma igreja, na Bahia, foi profanada e o Santíssimo Sacramento ultrajado: “Meus caríssimos irmãos, não é a vós que me dirijo agora; não, não é a vós. É a Ele, a Jesus Sacramentado! Não é a vós, que sentis também sobre a fronte, vergada ao peso do opróbrio, o raio inflamado da justiça de Deus! Não é a vós, que atirais aos ventos os gemidos de uma aflição sem termo! Não é a vós. É a Ele, no Santíssimo Sacramento! – É a Ti, ó Jesus, realmente aqui sobre este altar, nas mesmas espécies sacramentais em que foste vítima adorável de Teu amor para conosco! É a Ti, Senhor, que se elevam os meus brados de aflição... Nós Te sabemos horrivelmente ofendido na profanação de um dos filhos que me deste, que ousou levantar, contra Ti, mão sacrílega! – Não foi um só o criminoso! Foi meu também. Porque Pastor não fiz chegar, até este infeliz, as vozes claras na presença real... ‘Ai de mim porque calei!’”.
Situação semelhante viveu a humanidade nos séculos 15 e 16. O Renascimento de então, esforçando-se para restaurar as riquezas das antigas culturas pagãs, particularmente a cultura e a arte dos gregos, conduziu à exaltação exagerada do homem, da natureza e das forças naturais. Exaltando a bondade e o poder da natureza, menosprezava-se e fazia-se desaparecer do pensamento dos homens a necessidade da graça, a destinação da humanidade para a ordem sobrenatural, a luz trazida pela Revelação.
Com isso, desencadeou-se um desagregamento profundo na cristandade, possibilitando circular pelos bastidores das nações católicas o veneno do naturalismo político e social, logo, logo, alcançando as universidades, atingindo os “filósofos das luzes”. Estes últimos imaginavam um estado de natureza que nada tem a ver com o realismo da filosofia cristã, culminando com o mito do “bom selvagem”, de Jean Jacques Rousseau. Assim, fica a lei natural reduzida a um conjunto de sentimentos que o homem tem de si mesmo e que são compartilhados pela maior parte dos outros homens.
Na ânsia de emancipação em relação a Deus e à sua Revelação, o homem cortou as ligações com os princípios da ordem natural, separou a fé e a razão. Ora, ensina o Magistério da Igreja que “a reta razão demonstra as bases da fé e, esclarecida por ela, cultiva a ciência das coisas divinas; e a fé, por sua vê, livra e defende a razão dos erros e lhe proporciona inúmeros conhecimentos” (Const. De Fide Catholica, “Dei Filius”, D nº 1.799). Mas isso gerou a Revolução e, esta, promoveu o liberalismo, o naturalismo e o racionalismo. Deificaram a razão, cavando abismos e levantando muralhas; forjaram uma liberdade, sem os fundamentos da verdade. Com este espírito fez-se a Revolução, cujos frutos sazonados a humanidade colhe e saboreia, alimentando a livre interpretação dos valores éticos e morais e dos princípios em que se baseiam.
Essa Revolução é quem advoga a liberdade de pensamento e a liberdade de expressão, subterfúgio mor para propalar aos quatro ventos os mais absurdos conceitos, contaminando todos os meios sociais, principalmente aqueles sem formação e, pior ainda, sem capacidade de discernimento. E isso pudemos verificar, na última semana, em Lafaiete, quando um templo católico foi tristemente profanado. O autor desse vitupério, segundo suas próprias declarações à imprensa, apresenta-se como um lídimo protótipo de vítima do livre pensamento, sem fundamentos, cognominado arauto do neopaganismo, lamentavelmente por néscia decisão.E, para conforto daqueles que sofrem com essa pública manifestação de decadência ética de nossa sociedade, transcrevo um trecho do sermão proferido pelo cardeal Augusto Álvaro da Silva, em 1927, quando uma igreja, na Bahia, foi profanada e o Santíssimo Sacramento ultrajado: “Meus caríssimos irmãos, não é a vós que me dirijo agora; não, não é a vós. É a Ele, a Jesus Sacramentado! Não é a vós, que sentis também sobre a fronte, vergada ao peso do opróbrio, o raio inflamado da justiça de Deus! Não é a vós, que atirais aos ventos os gemidos de uma aflição sem termo! Não é a vós. É a Ele, no Santíssimo Sacramento! – É a Ti, ó Jesus, realmente aqui sobre este altar, nas mesmas espécies sacramentais em que foste vítima adorável de Teu amor para conosco! É a Ti, Senhor, que se elevam os meus brados de aflição... Nós Te sabemos horrivelmente ofendido na profanação de um dos filhos que me deste, que ousou levantar, contra Ti, mão sacrílega! – Não foi um só o criminoso! Foi meu também. Porque Pastor não fiz chegar, até este infeliz, as vozes claras na presença real... ‘Ai de mim porque calei!’”.