Numa época em que, em nome do amor, se cometem muitos abusos, usando-se o nome de Deus, muitas vezes, para justificar o ódio, o Papa Bento XVI oportunamente apresenta aos fiéis católicos sua primeira encíclica: “Deus caritas est”.
Nota-se que o mundo tem perdido o sentido da vida. Ao perdê-lo, perde-se, então, o sentido do amor, palavra prostituída e despida de seu mais puro sentido, confundindo o seu significado e conteúdo. O que o mundo chama amor pode ser, hoje, qualquer coisa: pode ser um capricho ou uma teimosia; pode ser um instinto sexual despojado da consideração ao outro, sem compromisso e, muito menos, perseverança, senão um egoísmo compartilhado, enquanto dure a ganância mútua do prazer pessoal.
É no auge (humanamente falando) desta confusão filológica, em que os valores que emolduram o sentimento cedem à concupiscência, que o Santo Padre vem indicar a todo o orbe sobre o que é o amor e o seu real sentido. E ao falar sobre o amor entre o homem e a mulher, o Papa o apresenta como uma revelação do que é o amor de Deus: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Somos, portanto, capazes de amar e de viver em fraternidade, capazes de um amor forte, comprometido, se soubermos unir, conforme expõe o Beatíssimo Padre, as modalidades distintas do amor: o “eros”, um sentimento que busca a possessão do amor, e o “ágape”, um amor que busca a doação ao ser amado.
Estes são os dois aspectos de um único amor: o amor que Deus mesmo tem por nós e quer que o tenhamos, para podermos estar com Ele por toda a eternidade. Deus nos amou tanto que deu o seu próprio filho para que morresse por nossa redenção. Alguém seria capaz de um ato maior de doação do que esse? Alguém é capaz de dar a vida por quem ama? Ao discorrer sobre tão complexo tema, Bento XVI não condena nenhuma das duas formas de amor, porque Deus mesmo as colocou em nosso coração, mas orienta como unir essas duas formas, recordando que ele deve transcender, desprender-se de seus limites e atingir a outras pessoas, em um permanente ato de doação aos filhos.
Nessa transcendência o Papa conclama a humanidade para a vivência da fraternidade, sintetizando, nessa comunhão de sentimento entre irmãos, o mandamento maior, de “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. “Ama e terás o que quer”, dizia Santo Agostinho. Portanto, ame como Deus quer que ame e não terá nada a lamentar, nada mais na vida será inútil, nada mais haverá o que temer, porque aquele que ama como Deus quer que amemos não se equivoca.
“Deus caritas est” nada mais é do que um simples compêndio de como alcançar a perfeição por meio do amor, porque “Deus é amor”.É, pois, com esta encíclica que o Santíssimo Padre, em sua bondade paternal, mimoseia os seus súditos, filhos amados que não cansam de pedir a Deus Nosso Senhor por suas intenções. Obrigado, Santo Padre!
Nota-se que o mundo tem perdido o sentido da vida. Ao perdê-lo, perde-se, então, o sentido do amor, palavra prostituída e despida de seu mais puro sentido, confundindo o seu significado e conteúdo. O que o mundo chama amor pode ser, hoje, qualquer coisa: pode ser um capricho ou uma teimosia; pode ser um instinto sexual despojado da consideração ao outro, sem compromisso e, muito menos, perseverança, senão um egoísmo compartilhado, enquanto dure a ganância mútua do prazer pessoal.
É no auge (humanamente falando) desta confusão filológica, em que os valores que emolduram o sentimento cedem à concupiscência, que o Santo Padre vem indicar a todo o orbe sobre o que é o amor e o seu real sentido. E ao falar sobre o amor entre o homem e a mulher, o Papa o apresenta como uma revelação do que é o amor de Deus: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Somos, portanto, capazes de amar e de viver em fraternidade, capazes de um amor forte, comprometido, se soubermos unir, conforme expõe o Beatíssimo Padre, as modalidades distintas do amor: o “eros”, um sentimento que busca a possessão do amor, e o “ágape”, um amor que busca a doação ao ser amado.
Estes são os dois aspectos de um único amor: o amor que Deus mesmo tem por nós e quer que o tenhamos, para podermos estar com Ele por toda a eternidade. Deus nos amou tanto que deu o seu próprio filho para que morresse por nossa redenção. Alguém seria capaz de um ato maior de doação do que esse? Alguém é capaz de dar a vida por quem ama? Ao discorrer sobre tão complexo tema, Bento XVI não condena nenhuma das duas formas de amor, porque Deus mesmo as colocou em nosso coração, mas orienta como unir essas duas formas, recordando que ele deve transcender, desprender-se de seus limites e atingir a outras pessoas, em um permanente ato de doação aos filhos.
Nessa transcendência o Papa conclama a humanidade para a vivência da fraternidade, sintetizando, nessa comunhão de sentimento entre irmãos, o mandamento maior, de “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. “Ama e terás o que quer”, dizia Santo Agostinho. Portanto, ame como Deus quer que ame e não terá nada a lamentar, nada mais na vida será inútil, nada mais haverá o que temer, porque aquele que ama como Deus quer que amemos não se equivoca.
“Deus caritas est” nada mais é do que um simples compêndio de como alcançar a perfeição por meio do amor, porque “Deus é amor”.É, pois, com esta encíclica que o Santíssimo Padre, em sua bondade paternal, mimoseia os seus súditos, filhos amados que não cansam de pedir a Deus Nosso Senhor por suas intenções. Obrigado, Santo Padre!