Ecoou por toda a praça de São Pedro, na tarde do dia 19 de abril, o anúncio da eleição do novo papa da Santa Igreja Católica. Às palavras pausadas do cardeal camerlengo, ouvidas ansiosamente por todos os que ali se encontravam ou acompanhavam as transmissões através dos meios de comunicação, seguiu-se uma ovação em todo mundo, ao anunciar “com grande alegria” que o cardeal Joseph Ratzinger fora eleito para ocupar a cátedra de Pedro.
Embora os prognósticos, melhor dizendo, as especulações indicassem o nome de Ratzinger como o mais provável sucessor de João Paulo II, sua idade, sua nacionalidade e, principalmente, sua ortodoxia colocavam-no, humanamente falando, em desvantagem. É aí que nos convencemos da ação do Espírito Santo. O respeitado e temido prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício) não se elegeria pela simples simpatia que pudesse transmitir aos seus irmãos do Colégio Cardinalício, muito menos pelo fato de ter gozado do apreço do Pontífice morto, justamente no momento em que os mais afoitos, inclusive alguns cardeais, aguardavam mudanças na posição da Igreja, como se isso fosse possível. Ora, a doutrina é a mesma, desde que foi ensina por Cristo e transmitida pelos apóstolos, considerados depositum fidei, portanto imutável. Ela se aplica a todos os tempos, mas não se a interpreta segundo a moda, aliás, como o então cardeal Ratzinger afirmou ao presidir a Missa pro eligendo Summo Pontífice, na abertura do Conclave.
A eleição do decano dos cardeais, à primeira vista, pode parecer uma estratégia: elege-se um papa mais velho para que seja de transição, o que não é lá muito certeiro esse entendimento, haja vista a última vez em que isso ocorreu, quando Ângelo Ronccalli foi eleito para suceder a Pio XII – o Pastor Angelicus que seduziu toda a cristandade em meados do século 20, ao contrário do que se esperava, João XXIII procurou revigorar a Esposa Imaculada de Cristo ao convocar o 2º Concílio Ecumênico.
E isso se espera, agora, do Santo Padre o Papa Bento XVI. A começar pela escolha de seu nome, que, historicamente, resgata o quase esquecido último papa Bento, que reinou de 1914 a 1922, em meio a deflagração da 1ª Guerra Mundial. O italiano Giacomo della Chiesa, mesmo com as aflições dos anos de beligerância no velho mundo, incentivou as comissões de estudos bíblicos, promoveu as tratativas diplomáticas com vários países, inclusive a reaproximação, com sucesso, da Inglaterra e França, e avançou os primeiros passos que culminaram com o Tratado de Latrão, que criou o Estado do Vaticano. Outra grande obra de seu pontificado foram as missões aos países não católicos, levando o Evangelho de Cristo a milhares de pagãos.
O múnus do novo Papa, além do que lhe compete como Bispo de Roma, Vigário de Jesus Cristo, Sucessor do Príncipe dos Apóstolos, Sumo Pontífice da Igreja Universal, Patriarca do Ocidente, Primaz da Itália, Arcebispo e Metropolita da Província Romana, Soberano do Estado da Cidade do Vaticano e de Servo dos Servos de Deus, é, neste momento, o de assegurar a ortodoxia da Igreja, norteando todas as soluções que devam ser buscadas para os problemas do mundo moderno.Deus guarde o Papa Bento XVI!
Embora os prognósticos, melhor dizendo, as especulações indicassem o nome de Ratzinger como o mais provável sucessor de João Paulo II, sua idade, sua nacionalidade e, principalmente, sua ortodoxia colocavam-no, humanamente falando, em desvantagem. É aí que nos convencemos da ação do Espírito Santo. O respeitado e temido prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício) não se elegeria pela simples simpatia que pudesse transmitir aos seus irmãos do Colégio Cardinalício, muito menos pelo fato de ter gozado do apreço do Pontífice morto, justamente no momento em que os mais afoitos, inclusive alguns cardeais, aguardavam mudanças na posição da Igreja, como se isso fosse possível. Ora, a doutrina é a mesma, desde que foi ensina por Cristo e transmitida pelos apóstolos, considerados depositum fidei, portanto imutável. Ela se aplica a todos os tempos, mas não se a interpreta segundo a moda, aliás, como o então cardeal Ratzinger afirmou ao presidir a Missa pro eligendo Summo Pontífice, na abertura do Conclave.
A eleição do decano dos cardeais, à primeira vista, pode parecer uma estratégia: elege-se um papa mais velho para que seja de transição, o que não é lá muito certeiro esse entendimento, haja vista a última vez em que isso ocorreu, quando Ângelo Ronccalli foi eleito para suceder a Pio XII – o Pastor Angelicus que seduziu toda a cristandade em meados do século 20, ao contrário do que se esperava, João XXIII procurou revigorar a Esposa Imaculada de Cristo ao convocar o 2º Concílio Ecumênico.
E isso se espera, agora, do Santo Padre o Papa Bento XVI. A começar pela escolha de seu nome, que, historicamente, resgata o quase esquecido último papa Bento, que reinou de 1914 a 1922, em meio a deflagração da 1ª Guerra Mundial. O italiano Giacomo della Chiesa, mesmo com as aflições dos anos de beligerância no velho mundo, incentivou as comissões de estudos bíblicos, promoveu as tratativas diplomáticas com vários países, inclusive a reaproximação, com sucesso, da Inglaterra e França, e avançou os primeiros passos que culminaram com o Tratado de Latrão, que criou o Estado do Vaticano. Outra grande obra de seu pontificado foram as missões aos países não católicos, levando o Evangelho de Cristo a milhares de pagãos.
O múnus do novo Papa, além do que lhe compete como Bispo de Roma, Vigário de Jesus Cristo, Sucessor do Príncipe dos Apóstolos, Sumo Pontífice da Igreja Universal, Patriarca do Ocidente, Primaz da Itália, Arcebispo e Metropolita da Província Romana, Soberano do Estado da Cidade do Vaticano e de Servo dos Servos de Deus, é, neste momento, o de assegurar a ortodoxia da Igreja, norteando todas as soluções que devam ser buscadas para os problemas do mundo moderno.Deus guarde o Papa Bento XVI!
19/04/2005