Na semana passada, saiu a decisão da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, acerca da cassação do prefeito de Lafaiete, ocorrida dia 11/6, assegurando-lhe o mandato até o final. Lafaiete nunca viveu um ano politicamente tão tumultuado, como tem sido o derradeiro do governo do Partido dos Trabalhadores. Após anos tentando eleger um prefeito numa cidade com um eminente número de operários, em razão das siderúrgicas e mineradoras em seu entorno, a ascensão do PT ao poder parecia a aurora de um novo tempo. A princípio, sim, até passou essa impressão. Não tardou, entretanto, nos primeiros meses, alguns pontos inflamados na administração serem notados.
A administração municipal começou a se contradizer quando o então secretário da Fazenda, Antônio Carlos Junqueira, se levantou. Ninguém entendeu direito, naquele momento, o que acontecia; mas era o primeiro grito de que algo começava a desafinar a aparente harmonia administrativa do messiânico petista, de perfil descentralizador, transparente, em suma, democrático em todos os aspectos. Tiraram, então, o subversor e o motim foi abafado.
Não contavam, no entanto, que, mais cedo ou mais tarde, pelas frestas da fortaleza erguida em torno da administração, não obstante uma espécie de maquilagem a fizesse parecer aberta, participativa, diáfana, pelas frestas se exalaria o fedor da corrupção. Os boatos se intensificavam e o caso chegou à Câmara Municipal, que se viu obrigada a agir conforme lhe compete o Direito. Instalou-se a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), apuraram-se irregularidades, veio a Comissão Processante, depois a cassação e o retorno ilusoriamente feliz do prefeito ao cargo, posição confirmada pelo TJMG.
A população, grande parte dela ingênua e mal informada (porque quer e admite ser ludibriada) certamente entenderá que o prefeito foi absolvido. Aliás, essa é a expressão usada por todos de sua entourage, desde que saiu a decisão da Corte mineira. O prefeito livrou-se da cassação; está-lhe garantido o cargo até 31 de dezembro de 2008. No entanto, continuam as investigações da Polícia Federal, dando prosseguimento à Operação Pasárgada, que o levou preso no dia 9 de abril, juntamente com o seu ex-procurador e a esposa. Só ao final destas ele poderá ser absolvido. Oxalá isso realmente aconteça, para que o atual mandato não passe à história como um dos mais polêmicos, para não dizer equivocados, de Lafaiete, como uma das piores administrações.
A cassação da Câmara, agora, já pouco significa, pois o eleitorado lafaietense, por meio do voto democrático, já cassou o poder do atual prefeito no dia 5 de outubro. Aqueles que, equivocadamente, festejam a sua segunda colocação naquele pleito, mesmo com toda a "perseguição" que lhe empreendeu a "oposição conservadora", deveriam analisar friamente os números. Conselheiro Lafaiete tem 82.631 eleitores; destes, o candidato do PT teve 14.779 votos a seu favor. No entanto, 58.503 lafaietenses (fora as 9.349 abstenções) não quiseram na Prefeitura aquele que pensavam ser o "melhor para todos".
A administração municipal começou a se contradizer quando o então secretário da Fazenda, Antônio Carlos Junqueira, se levantou. Ninguém entendeu direito, naquele momento, o que acontecia; mas era o primeiro grito de que algo começava a desafinar a aparente harmonia administrativa do messiânico petista, de perfil descentralizador, transparente, em suma, democrático em todos os aspectos. Tiraram, então, o subversor e o motim foi abafado.
Não contavam, no entanto, que, mais cedo ou mais tarde, pelas frestas da fortaleza erguida em torno da administração, não obstante uma espécie de maquilagem a fizesse parecer aberta, participativa, diáfana, pelas frestas se exalaria o fedor da corrupção. Os boatos se intensificavam e o caso chegou à Câmara Municipal, que se viu obrigada a agir conforme lhe compete o Direito. Instalou-se a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), apuraram-se irregularidades, veio a Comissão Processante, depois a cassação e o retorno ilusoriamente feliz do prefeito ao cargo, posição confirmada pelo TJMG.
A população, grande parte dela ingênua e mal informada (porque quer e admite ser ludibriada) certamente entenderá que o prefeito foi absolvido. Aliás, essa é a expressão usada por todos de sua entourage, desde que saiu a decisão da Corte mineira. O prefeito livrou-se da cassação; está-lhe garantido o cargo até 31 de dezembro de 2008. No entanto, continuam as investigações da Polícia Federal, dando prosseguimento à Operação Pasárgada, que o levou preso no dia 9 de abril, juntamente com o seu ex-procurador e a esposa. Só ao final destas ele poderá ser absolvido. Oxalá isso realmente aconteça, para que o atual mandato não passe à história como um dos mais polêmicos, para não dizer equivocados, de Lafaiete, como uma das piores administrações.
A cassação da Câmara, agora, já pouco significa, pois o eleitorado lafaietense, por meio do voto democrático, já cassou o poder do atual prefeito no dia 5 de outubro. Aqueles que, equivocadamente, festejam a sua segunda colocação naquele pleito, mesmo com toda a "perseguição" que lhe empreendeu a "oposição conservadora", deveriam analisar friamente os números. Conselheiro Lafaiete tem 82.631 eleitores; destes, o candidato do PT teve 14.779 votos a seu favor. No entanto, 58.503 lafaietenses (fora as 9.349 abstenções) não quiseram na Prefeitura aquele que pensavam ser o "melhor para todos".