A sugestiva invocação que se encontra entre as tantas da Ladainha Lauretana – Janua Cœli (Porta do Céu) – é também o título de uma produção cinematográfica: “Caraça, porta do céu” (1950). O drama do qual participaram das filmagens alunos e até padres do célebre colégio, não apenas como figurantes, mas desempenhando papéis de destaque, hoje é uma fita rara. Contudo, é um dos raros registros – senão o único – em vídeo, mostrando cenas do dia-a-dia naquela casa bicentenária, berço de varões ilustres, sacerdotes virtuosos, nomes que ilustram a história pátria, honrando a formação recebida naquele recôndito educandário entre as alterosas, à sombra do Santuário da Senhora Mãe dos Homens.
Ah! Quantos por ali passaram e levaram consigo as impressões que lhe moldaram o caráter a formação recebida dos padres lazaristas, formadores que foram, também, nos seminários de Mariana e Diamantina e no Colégio Matosinhos, junto ao Santuário do Senhor Bom Jesus de Congonhas! Agasalhados pelas espessas paredes setecentistas, miravam os alunos as metas de sua via espiritual erguendo os olhos para a esguia torre da “nova” igreja, cujo estilo destoa do conjunto, da mesma forma como os desejos sublimes são antagônicos aos interesses mundanos.
Quarenta anos passados, desde o incêndio que encerrou ali as atividades escolares, fechando o tradicional colégio, o chilreio dos pequenos em recreio nos pátios ou pelos passeios mata adentro ainda se ecoa naquele santuário religioso, templo do saber, monumento da história. A igreja, as salas de estudo, a biblioteca, o refeitório, assim como as matas, cavernas, cachoeiras, clamam pelos dias felizes em que a meninice dourada e a juventude em flor enchiam aquele ambiente de alegria, enquanto hauriam naquela fonte do saber os conhecimentos científicos e humanísticos.
Há quarenta anos o Caraça é apenas uma referência, um memorial, uma lembrança. Todo aquele belo conjunto paisagístico é para muitos um cartão-postal, ou para alguns ainda um lugar de peregrinação. Mas para aqueles que por ali passaram e trazem consigo o santelmo que lhes acenderam os filhos de São Vicente de Paulo, os padres da Congregação da Missão, continua a ser a “porta do céu”. E os ex-alunos do Caraça jamais deixarão de ser, por isso, “porteiros do céu”, como cantou o notável latinista, lente daquele Colégio, padre Pedro Sarneel: “O beatum sanctuarium in quo tot cœli janitores habitant”.
Ah! Quantos por ali passaram e levaram consigo as impressões que lhe moldaram o caráter a formação recebida dos padres lazaristas, formadores que foram, também, nos seminários de Mariana e Diamantina e no Colégio Matosinhos, junto ao Santuário do Senhor Bom Jesus de Congonhas! Agasalhados pelas espessas paredes setecentistas, miravam os alunos as metas de sua via espiritual erguendo os olhos para a esguia torre da “nova” igreja, cujo estilo destoa do conjunto, da mesma forma como os desejos sublimes são antagônicos aos interesses mundanos.
Quarenta anos passados, desde o incêndio que encerrou ali as atividades escolares, fechando o tradicional colégio, o chilreio dos pequenos em recreio nos pátios ou pelos passeios mata adentro ainda se ecoa naquele santuário religioso, templo do saber, monumento da história. A igreja, as salas de estudo, a biblioteca, o refeitório, assim como as matas, cavernas, cachoeiras, clamam pelos dias felizes em que a meninice dourada e a juventude em flor enchiam aquele ambiente de alegria, enquanto hauriam naquela fonte do saber os conhecimentos científicos e humanísticos.
Há quarenta anos o Caraça é apenas uma referência, um memorial, uma lembrança. Todo aquele belo conjunto paisagístico é para muitos um cartão-postal, ou para alguns ainda um lugar de peregrinação. Mas para aqueles que por ali passaram e trazem consigo o santelmo que lhes acenderam os filhos de São Vicente de Paulo, os padres da Congregação da Missão, continua a ser a “porta do céu”. E os ex-alunos do Caraça jamais deixarão de ser, por isso, “porteiros do céu”, como cantou o notável latinista, lente daquele Colégio, padre Pedro Sarneel: “O beatum sanctuarium in quo tot cœli janitores habitant”.