Há palavras que, pela força das coisas, são quase banidas do nosso vocabulário quotidiano. Uma delas é, seguramente, aquela que se insere no título desta crônica, talvez por ter se tornado ato comum na conduta e nas atitudes das pessoas e das instituições, desde há muito tempo. Passa-se, então, a exaltar com a astúcia de quem promove uma revolução ideológica na sociedade a propagação de seu antônimo – consenso, utilizando-o para quase todos os fins e nos mais variados contextos; consensos políticos, sociais, sindicais, consenso sobre tudo e mais alguma coisa. Isso porque o que lhes interessa é o relativismo dos princípios e dos valores, encontrando espaço para tudo e para todos, num mundo livre, igualitário e fraterno.
Não há mal nenhum as pessoas chegarem a “consensos”. Porém, à força de repeti-lo, esquecemo-nos que, antes dele, existe, ou deve existir, o “dissenso”. Ou seja, antes de posicionarmo-nos de acordo, deve-se, portanto, existir a discussão, o debate, a apresentação de idéias e de pontos de vista diferentes. Sem medo de sermos mirados de soslaio, como se fôssemos criminosos, devemos expor nossa forma de pensar – desde que seja coerente, sem permitir que nos tolham a razão e anestesiem a nossa capacidade crítica.
E é o consenso político que me leva a deixar correr a pena, atônito ante a situação acomodada do bem-estar do neoburguês brasileiro, em que a casa (comprada a crédito), o carro (adquirido às prestações) e o telefone celular (também possuído de forma facilitada) leva-o à modorra do comodismo, sobre um leito sustentado pela miséria social, e ao marasmo de uma sociedade sem horizontes. Os brasileiros não podem ficar continuamente tolhidos pelos consensos nacionais, avistando oásis de desenvolvimento e progresso, enquanto uma pequena classe se mantém ébria em sua riqueza efêmera, intocável, e um outro determinado grupo brinca de governar, como crianças que se arvoram aos “cuidados” da casa na ausência da mãe.Não se pode admitir a existência de sentimentos de acomodação. Há de se renovar, sempre, as energias, haurindo-as nos mananciais dos princípios éticos da política e da socialização, alicerçados nos valores mais intocáveis que dizem respeito ao homem. Que se levantem tantos dissensos quantos sejam necessários, para que a ordem e a segurança sejam restaurados no País. Que se propaguem e se discutam tantos dissensos quantos sejam necessários, para que a tal democracia seja praticada, o quanto possível, com a arregimentação de todos os brasileiros, indistintos de classes e opiniões, desde que o intento comum seja o de construir uma federação política e diplomaticamente forte. Que se imponham, se for preciso, goela abaixo desses pseudoliberais travestidos de marxistas que andam por aí, os consensos a que se chegarem pelos dissensos, para que a sociedade brasileira seja restaurada sob os princípios cristãos (como nascera à sombra da Santa Cruz), marchando, aí sim, rumo ao progresso, seguros no processo de desenvolvimento que fará do Brasil uma grande nação.
Não há mal nenhum as pessoas chegarem a “consensos”. Porém, à força de repeti-lo, esquecemo-nos que, antes dele, existe, ou deve existir, o “dissenso”. Ou seja, antes de posicionarmo-nos de acordo, deve-se, portanto, existir a discussão, o debate, a apresentação de idéias e de pontos de vista diferentes. Sem medo de sermos mirados de soslaio, como se fôssemos criminosos, devemos expor nossa forma de pensar – desde que seja coerente, sem permitir que nos tolham a razão e anestesiem a nossa capacidade crítica.
E é o consenso político que me leva a deixar correr a pena, atônito ante a situação acomodada do bem-estar do neoburguês brasileiro, em que a casa (comprada a crédito), o carro (adquirido às prestações) e o telefone celular (também possuído de forma facilitada) leva-o à modorra do comodismo, sobre um leito sustentado pela miséria social, e ao marasmo de uma sociedade sem horizontes. Os brasileiros não podem ficar continuamente tolhidos pelos consensos nacionais, avistando oásis de desenvolvimento e progresso, enquanto uma pequena classe se mantém ébria em sua riqueza efêmera, intocável, e um outro determinado grupo brinca de governar, como crianças que se arvoram aos “cuidados” da casa na ausência da mãe.Não se pode admitir a existência de sentimentos de acomodação. Há de se renovar, sempre, as energias, haurindo-as nos mananciais dos princípios éticos da política e da socialização, alicerçados nos valores mais intocáveis que dizem respeito ao homem. Que se levantem tantos dissensos quantos sejam necessários, para que a ordem e a segurança sejam restaurados no País. Que se propaguem e se discutam tantos dissensos quantos sejam necessários, para que a tal democracia seja praticada, o quanto possível, com a arregimentação de todos os brasileiros, indistintos de classes e opiniões, desde que o intento comum seja o de construir uma federação política e diplomaticamente forte. Que se imponham, se for preciso, goela abaixo desses pseudoliberais travestidos de marxistas que andam por aí, os consensos a que se chegarem pelos dissensos, para que a sociedade brasileira seja restaurada sob os princípios cristãos (como nascera à sombra da Santa Cruz), marchando, aí sim, rumo ao progresso, seguros no processo de desenvolvimento que fará do Brasil uma grande nação.
22/04/2006