Mais uma vez, sobre o orbe, viu-se a mais um ultraje contra uma cara devoção do povo católico: Maria Santíssima. E o que mais pesa ao coração de um filho amante é saber que a língua injuriosa que blasfemou contra a Maternidade Divina foi a de um sacerdote. Eis que, à estação do Evangelho, na Santa Missa celebrada no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, na noite de quinta-feira, dia 8 de dezembro de 2005, o pároco daquela freguesia, Padre José Antônio de Oliveira, num acinte à religiosidade sincera do bom povo barbacenense, reverberou contra a doutrina da Santa Igreja e, mais ainda, contra Deus Nosso Senhor, ao desmerecer uma das prerrogativas de Maria Santíssima, concebida sem a mancha do pecado original, imaculada; para o pobre sacerdote, a Mãe de Deus, a Rainha dos Céus, a Mãe do Rendentor, por isso co-redentora da humanidade, não passa de uma Maria de Nazaré, sem merecimento algum.
Mas, Deus louvado, o que pensa e regurgita o insano pároco da Piedade não é o que nos assegura as Sagradas Escrituras e a Tradição, preciosas fontes da Revelação Divina, aquele perene tesouro donde os Santos Padres retiram as jóias caras e mimoseiam, de tempos em tempos, os católicos com essas verdades de fé. E, entre esses dogmas se encontra o da Imaculada Concepção de Maria, proclamado pelo Beato Pio IX, a 8 de dezembro de 1854, confirmando, o Magistério da Igreja, o que as Sagradas Escrituras e a Tradição já asseguravam desde os mais remotos tempos: aquela que seria destinada a ser a Mãe do Salvador foi concebida sem o pecado original, apanágio dos filhos de Eva.
Não seria possível que a Filha predileta do eterno Pai, aquela que deveria elevar-se entre o céu e a terra como co-redentora, tivesse sido, mesmo por pouco tempo, filha da ira e do pecado. Não seria possível que a Mãe do eterno Filho, aquela que deveria dar-lhe a sua própria carne e o seu próprio sangue, para que Ele se fizesse homem, tivesse sido contaminada pelo demônio. Não seria possível que a Esposa do Espírito Santo tivesse sido escrava do inferno e manchada da culpa original. Assim, como Ester se livrara da morte por vontade de Assuero, embora fosse judia, Maria Santíssima foi criada, por vontade de Deus, como assegura São João Crisóstomo, "ex omni parte inculpata". A dignidade de Mãe de Deus exige que ela seja sempre pura, não só sempre virgem, mas nunca tocada pela sombra do mal, a começar pelo mal hereditário do pecado original.
E tal prerrogativa, singular, decorre de sua missão: Mãe de Deus, Mãe do Salvador, cuja invocação ecoa pelos séculos, repetindo-se por toda a eternidade, e ressoará para sempre pela multidão sem número de anjos e de santos, confirmando a profecia: "Ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes" (Lc 1,48). O privilégio da concepção de Maria, livre de toda jaça, é o prelúdio de toda uma oblação a Deus, coroada com o "fiat" desprovido de qualquer pretensão, senão a de fazer a vontade dAquele que é o seu Senhor: "Ecce ancilla Domini" (Lc 1,38).
Regozija, por isso, a humanidade toda, pois, se pelo seu sim Maria tornou-se miraculosamente a Mãe de Deus, a Mãe do Salvador, ela tornou-se, pelo mesmo fato, Mãe de seu Corpo Místico, de todos aqueles que vivem da vida de Jesus neste mundo e na eternidade. Por isso, a Mãe de Deus não pode ter outra missão e santidade senão a de sua Maternidade Divina, porque ela realiza uma tal missão e uma tal santidade em tal plenitude. Ela está associada a seu Filho e à obra dEle mais do que os Apóstolos e os maiores santos; está associada como aquela por quem se realiza os mistérios da Encarnação redentora; está associada como a que foi capaz de dizer "sim" à vontade de Deus de se fazer homem para salvar os homens, para reinar sem fim (e pela cruz) na casa de Jacob. Evidentemente, Maria é a única criatura cuja associação ao mistério do Filho de Deus encarnado, redentor, atinge essa profundidade e intimidade. E não seria associada a tal ponto se não estivesse totalmente preservada em seu próprio corpo imaculado.
São Luís Grignom Maria de Monfort diz que "a Santíssima Virgem, sendo necessária a Deus, ela o é muito mais aos homens para chegarem ao seu fim último". O grande santo mariano explica que Deus necessitou dela, pois foi o meio do qual se serviu para vir a nós. E nós necessitamos dela para chegarmos até ele. "A missão de Maria é a de povoar o céu de santos, preencher os lugares vazios pela queda dos anjos apóstatas. Todas as almas que aspiram a perfeição, a santidade, não se santificarão, senão na medida em que dela (de Maria) receberem as graças abundantes de que precisam" (Padre Dayet). Assim, quanto mais unidos a Maria, mais dependeremos de seu socorro e tanto mais dele haveremos de receber. Maria nos é necessária.
Quanto ao motivo do feriado, questionado pelo pobre pároco da Piedade, deve-se ao fato de um costume, ou melhor, uma reverência aos costumes religiosos. Para quem não sabe, principalmente ao pobre pároco, Nossa Senhora da Conceição era padroeira do Reino de Portugal, onde, aliás, os reis eram aclamados, e não coroados, pois somente Aquela, da Vila de Viçosa, fora coroada como Rainha de Portugal. Ademais, no século XVII, quase dois séculos antes do Beato Pio IX proclamar o Dogma da Imaculada Concepção de Maria, Dom João IV, rei de Portugal, o fez. O Brasil, filho de Portugal, também conservou esta devoção, tomando-a como padroeira, no Império, cujo reconhecimento se fez pela República: Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. Em Minas, a Virgem Imaculada também é a padroeira do Estado, sendo Ela a padroeira da igreja onde está instalada a Sé de Mariana.
Aqueles que pensam poder passar sem ela, como parece pensar o pobre pároco do Santuário da Piedade, estão na ilusão, pois ela é a medianeira de todas as graças: ad Jesum per Mariam. Pobre pároco da Piedade que, a soçobrar em suas misérias, não lança mãe dEssa intercessora permanente junto ao Trono do Altíssimo, que, certamente, mesmo a desconhecendo como tal, Ela, a Virgem Soberana, a Rainha do Clero, está, com certeza, continuamente sussurrando ao ouvido do Eterno Pai: “Tende misericórdia desse filho que, por muito amar a Trindade Divina, nada mais vê ao seu redor, nem esta que por ele se compadece e pede a Sua infinita misericórdia”.
Por isso, fiéis católicos de Barbacena, uni-vos numa corrente de oração, num ato de misericórdia, pela conversão do pobre pároco do Santuário da Piedade, Padre José Antônio de Oliveira.
Mas, Deus louvado, o que pensa e regurgita o insano pároco da Piedade não é o que nos assegura as Sagradas Escrituras e a Tradição, preciosas fontes da Revelação Divina, aquele perene tesouro donde os Santos Padres retiram as jóias caras e mimoseiam, de tempos em tempos, os católicos com essas verdades de fé. E, entre esses dogmas se encontra o da Imaculada Concepção de Maria, proclamado pelo Beato Pio IX, a 8 de dezembro de 1854, confirmando, o Magistério da Igreja, o que as Sagradas Escrituras e a Tradição já asseguravam desde os mais remotos tempos: aquela que seria destinada a ser a Mãe do Salvador foi concebida sem o pecado original, apanágio dos filhos de Eva.
Não seria possível que a Filha predileta do eterno Pai, aquela que deveria elevar-se entre o céu e a terra como co-redentora, tivesse sido, mesmo por pouco tempo, filha da ira e do pecado. Não seria possível que a Mãe do eterno Filho, aquela que deveria dar-lhe a sua própria carne e o seu próprio sangue, para que Ele se fizesse homem, tivesse sido contaminada pelo demônio. Não seria possível que a Esposa do Espírito Santo tivesse sido escrava do inferno e manchada da culpa original. Assim, como Ester se livrara da morte por vontade de Assuero, embora fosse judia, Maria Santíssima foi criada, por vontade de Deus, como assegura São João Crisóstomo, "ex omni parte inculpata". A dignidade de Mãe de Deus exige que ela seja sempre pura, não só sempre virgem, mas nunca tocada pela sombra do mal, a começar pelo mal hereditário do pecado original.
E tal prerrogativa, singular, decorre de sua missão: Mãe de Deus, Mãe do Salvador, cuja invocação ecoa pelos séculos, repetindo-se por toda a eternidade, e ressoará para sempre pela multidão sem número de anjos e de santos, confirmando a profecia: "Ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes" (Lc 1,48). O privilégio da concepção de Maria, livre de toda jaça, é o prelúdio de toda uma oblação a Deus, coroada com o "fiat" desprovido de qualquer pretensão, senão a de fazer a vontade dAquele que é o seu Senhor: "Ecce ancilla Domini" (Lc 1,38).
Regozija, por isso, a humanidade toda, pois, se pelo seu sim Maria tornou-se miraculosamente a Mãe de Deus, a Mãe do Salvador, ela tornou-se, pelo mesmo fato, Mãe de seu Corpo Místico, de todos aqueles que vivem da vida de Jesus neste mundo e na eternidade. Por isso, a Mãe de Deus não pode ter outra missão e santidade senão a de sua Maternidade Divina, porque ela realiza uma tal missão e uma tal santidade em tal plenitude. Ela está associada a seu Filho e à obra dEle mais do que os Apóstolos e os maiores santos; está associada como aquela por quem se realiza os mistérios da Encarnação redentora; está associada como a que foi capaz de dizer "sim" à vontade de Deus de se fazer homem para salvar os homens, para reinar sem fim (e pela cruz) na casa de Jacob. Evidentemente, Maria é a única criatura cuja associação ao mistério do Filho de Deus encarnado, redentor, atinge essa profundidade e intimidade. E não seria associada a tal ponto se não estivesse totalmente preservada em seu próprio corpo imaculado.
São Luís Grignom Maria de Monfort diz que "a Santíssima Virgem, sendo necessária a Deus, ela o é muito mais aos homens para chegarem ao seu fim último". O grande santo mariano explica que Deus necessitou dela, pois foi o meio do qual se serviu para vir a nós. E nós necessitamos dela para chegarmos até ele. "A missão de Maria é a de povoar o céu de santos, preencher os lugares vazios pela queda dos anjos apóstatas. Todas as almas que aspiram a perfeição, a santidade, não se santificarão, senão na medida em que dela (de Maria) receberem as graças abundantes de que precisam" (Padre Dayet). Assim, quanto mais unidos a Maria, mais dependeremos de seu socorro e tanto mais dele haveremos de receber. Maria nos é necessária.
Quanto ao motivo do feriado, questionado pelo pobre pároco da Piedade, deve-se ao fato de um costume, ou melhor, uma reverência aos costumes religiosos. Para quem não sabe, principalmente ao pobre pároco, Nossa Senhora da Conceição era padroeira do Reino de Portugal, onde, aliás, os reis eram aclamados, e não coroados, pois somente Aquela, da Vila de Viçosa, fora coroada como Rainha de Portugal. Ademais, no século XVII, quase dois séculos antes do Beato Pio IX proclamar o Dogma da Imaculada Concepção de Maria, Dom João IV, rei de Portugal, o fez. O Brasil, filho de Portugal, também conservou esta devoção, tomando-a como padroeira, no Império, cujo reconhecimento se fez pela República: Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. Em Minas, a Virgem Imaculada também é a padroeira do Estado, sendo Ela a padroeira da igreja onde está instalada a Sé de Mariana.
Aqueles que pensam poder passar sem ela, como parece pensar o pobre pároco do Santuário da Piedade, estão na ilusão, pois ela é a medianeira de todas as graças: ad Jesum per Mariam. Pobre pároco da Piedade que, a soçobrar em suas misérias, não lança mãe dEssa intercessora permanente junto ao Trono do Altíssimo, que, certamente, mesmo a desconhecendo como tal, Ela, a Virgem Soberana, a Rainha do Clero, está, com certeza, continuamente sussurrando ao ouvido do Eterno Pai: “Tende misericórdia desse filho que, por muito amar a Trindade Divina, nada mais vê ao seu redor, nem esta que por ele se compadece e pede a Sua infinita misericórdia”.
Por isso, fiéis católicos de Barbacena, uni-vos numa corrente de oração, num ato de misericórdia, pela conversão do pobre pároco do Santuário da Piedade, Padre José Antônio de Oliveira.
09/12/2005