Tornou-se voz corrente desde os tempos de Queluz: “Lafayette não gosta [gostava] daqui”. E, sobre essa afirmação, criaram-se mitos diversos, alguns chegando a ferir a moral do Conselheiro. Essa aversão que se formou à figura do ilustre queluzense, creio, é responsável pelo quase completo desconhecimento sobre sua vida pelos seus conterrâneos.
É provável que esse boato tenha sido fomentado ainda em vida de Lafayette, quando era figura de projeção no país. Queluz, embora considerada “reduto de civilistas”, especialmente pela sua disposição na sublevação de 1833 e na Revolução de 1842, local sagrado pelos luzias, regado com o seu sangue, onde vicejaram seus ideais, continuou a ser na política um campo de lutas entre liberais e conservadores. Os liberais tendo à frente o coronel Antônio Rodrigues Pereira, pai de Lafayette; os conservadores sob a liderança de José Ignácio Gomes Barbosa, depois Barão de Suassuhy.
Lafayette deixou Queluz ainda menino, para ir estudar em Congonhas, depois Prados e, finalmente, São Paulo. Desde então ficou ausente de sua terra natal, exceto nas férias de verão, passadas na Fazenda dos Macacos, até a morte de sua mãe. Depois disso, não há registros de seu retorno à sua terra natal. Mesmo com a distância geográfica que se lhe impunha, pelas dificuldades de transporte, tendo apenas os correios como meio de comunicação, ainda assim o Conselheiro sempre esteve a par de tudo o que se passava em casa e na política local.
Pelas cartas ao seu irmão Washington, Lafayette mostra-se atento ao que se passava em Minas, especificamente em Queluz, e orienta a seu pai e ao irmão sobre como agirem, adianta-lhes as notícias da Corte e do cenário político no país, além de questões domésticas. Sua sagacidade política controlava, muitas vezes, os ânimos dos liberais queluzenses. Do Rio de Janeiro, avistava, por entre as alterosas, o desenrolar dos interesses das facções mineiras e já se adiantava com sua influência e capacidade de uma análise antecipada, sem sentir o calor das emoções.
Se ainda persistem comentários malévolos sobre seu relacionamento com sua terra natal, outros os sobrepõem. São reminiscências de famílias tradicionais, legadas pelas gerações passadas, da simplicidade do Conselheiro e de sua atenção para com os conterrâneos, fosse em recebê-los em Macacos, ou em visitá-los, especificamente nas propriedades vizinhas à de seu pai. E se não fez mais por sua terra, se não bastassem os entraves legais, é porque a hegemonia dos conservadores em Queluz certamente o impedia. Também, a forma abrupta como foi trocado o nome da cidade talvez seja responsável por essa aversão a Lafayette, aliás, mais ao nome do que à pessoa, por não a conhecerem.
É provável que esse boato tenha sido fomentado ainda em vida de Lafayette, quando era figura de projeção no país. Queluz, embora considerada “reduto de civilistas”, especialmente pela sua disposição na sublevação de 1833 e na Revolução de 1842, local sagrado pelos luzias, regado com o seu sangue, onde vicejaram seus ideais, continuou a ser na política um campo de lutas entre liberais e conservadores. Os liberais tendo à frente o coronel Antônio Rodrigues Pereira, pai de Lafayette; os conservadores sob a liderança de José Ignácio Gomes Barbosa, depois Barão de Suassuhy.
Lafayette deixou Queluz ainda menino, para ir estudar em Congonhas, depois Prados e, finalmente, São Paulo. Desde então ficou ausente de sua terra natal, exceto nas férias de verão, passadas na Fazenda dos Macacos, até a morte de sua mãe. Depois disso, não há registros de seu retorno à sua terra natal. Mesmo com a distância geográfica que se lhe impunha, pelas dificuldades de transporte, tendo apenas os correios como meio de comunicação, ainda assim o Conselheiro sempre esteve a par de tudo o que se passava em casa e na política local.
Pelas cartas ao seu irmão Washington, Lafayette mostra-se atento ao que se passava em Minas, especificamente em Queluz, e orienta a seu pai e ao irmão sobre como agirem, adianta-lhes as notícias da Corte e do cenário político no país, além de questões domésticas. Sua sagacidade política controlava, muitas vezes, os ânimos dos liberais queluzenses. Do Rio de Janeiro, avistava, por entre as alterosas, o desenrolar dos interesses das facções mineiras e já se adiantava com sua influência e capacidade de uma análise antecipada, sem sentir o calor das emoções.
Se ainda persistem comentários malévolos sobre seu relacionamento com sua terra natal, outros os sobrepõem. São reminiscências de famílias tradicionais, legadas pelas gerações passadas, da simplicidade do Conselheiro e de sua atenção para com os conterrâneos, fosse em recebê-los em Macacos, ou em visitá-los, especificamente nas propriedades vizinhas à de seu pai. E se não fez mais por sua terra, se não bastassem os entraves legais, é porque a hegemonia dos conservadores em Queluz certamente o impedia. Também, a forma abrupta como foi trocado o nome da cidade talvez seja responsável por essa aversão a Lafayette, aliás, mais ao nome do que à pessoa, por não a conhecerem.