Enquanto me informo por meio do noticiário que na Cidade Eterna uma Conferência Internacional discute a “Evolução Biológica: Fatos e Teorias”, num estudo crítico sobre “A origem das espécies” de Darwin, 150 após sua publicação, entrego-me a devaneios sobre o mundo e o progresso célere que nos assusta a cada vez que acessamos um meio de comunicação. De repente, deparamo-nos até com uma nova interpretação de alguns membros da Igreja, buscando correlacionar a teoria do criacionismo (Deus, criador de todas as cousas, inclusive do homem) com a teoria do evolucionismo (uma mutabilidade progressiva das espécies, por meio da qual teria “surgido” o homem).
Não pretendo nestas poucas linhas tratar desse complexo tema; ele apenas foi motivo para que eu me entregasse, repentinamente, à percepção de um mundo que está se evoluindo assustadoramente. Ao mesmo tempo em que nos escandalizamos com algo, maravilhamo-nos por outro, num misto de escândalo e fascínio a confundir-nos, como se reportássemos à infância e a tudo nos entregássemos atentos e crentes. Talvez seja nostalgia de um tempo que passou sem que percebêssemos e agora sentimos seus reflexos no momento em que, parece-nos, não conseguimos acompanhar a evolução do mundo.
Treinados a um modo de vida plasmado dentro de concepções conservadores, por vezes retrógradas e obsoletas, um temor incontido nos sobressalta com o novo, ainda que distante, inalcançável, além dos nossos sentimentos, célere e multiplicador, manipulado pelas hipóteses científicas e coordenado pela precisão tecnológica. Enquanto observamos, estáticos, sua capacidade múltipla de articulação, delineia-se um monstro devorador ameaçando-nos. Pavor maior, quiçá, seja imaginá-lo solto por esse mundo, sem conseguirmos controlá-lo.
Nesse instante lembramos, então, que pode ser mais uma sinalização da possibilidade de uma criação divina que permite a evolução e a controla a seu modo e sapiência. Sentimo-nos ínfimos grãos de areia na imensidão do universo, presos a um tempo que se bate contra a eternidade, assim como, certamente, muito do que nos assusta também o seja... É quando se nos vislumbra, enfim, uma possibilidade de elevação e, sob um olhar sobrenatural, impulsiona-nos uma necessidade premente de buscar os valores espirituais. Passado e presente de repente se fundem, dissipam-se os fantasmas, evaporam-se os monstros, clareia-se o que era uma escuridão de dúvidas. Arriscamos dar passos mais seguros, avançamos na história, na confiança daquele que tudo pode e que nos fortalece. A propósito, vem-nos à mente singela quadrinha de Mário Quintana:
Não pretendo nestas poucas linhas tratar desse complexo tema; ele apenas foi motivo para que eu me entregasse, repentinamente, à percepção de um mundo que está se evoluindo assustadoramente. Ao mesmo tempo em que nos escandalizamos com algo, maravilhamo-nos por outro, num misto de escândalo e fascínio a confundir-nos, como se reportássemos à infância e a tudo nos entregássemos atentos e crentes. Talvez seja nostalgia de um tempo que passou sem que percebêssemos e agora sentimos seus reflexos no momento em que, parece-nos, não conseguimos acompanhar a evolução do mundo.
Treinados a um modo de vida plasmado dentro de concepções conservadores, por vezes retrógradas e obsoletas, um temor incontido nos sobressalta com o novo, ainda que distante, inalcançável, além dos nossos sentimentos, célere e multiplicador, manipulado pelas hipóteses científicas e coordenado pela precisão tecnológica. Enquanto observamos, estáticos, sua capacidade múltipla de articulação, delineia-se um monstro devorador ameaçando-nos. Pavor maior, quiçá, seja imaginá-lo solto por esse mundo, sem conseguirmos controlá-lo.
Nesse instante lembramos, então, que pode ser mais uma sinalização da possibilidade de uma criação divina que permite a evolução e a controla a seu modo e sapiência. Sentimo-nos ínfimos grãos de areia na imensidão do universo, presos a um tempo que se bate contra a eternidade, assim como, certamente, muito do que nos assusta também o seja... É quando se nos vislumbra, enfim, uma possibilidade de elevação e, sob um olhar sobrenatural, impulsiona-nos uma necessidade premente de buscar os valores espirituais. Passado e presente de repente se fundem, dissipam-se os fantasmas, evaporam-se os monstros, clareia-se o que era uma escuridão de dúvidas. Arriscamos dar passos mais seguros, avançamos na história, na confiança daquele que tudo pode e que nos fortalece. A propósito, vem-nos à mente singela quadrinha de Mário Quintana:
Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!