Foi anunciada a publicação de um documento da Santa Sé que inocenta a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, conhecidos como Templários, das acusações que lhe foram feitas a partir de Felipe IV da França, cognominado O Belo, no século 14. Mas o documento que será divulgado não será nenhuma manifestação de Bento XVI, mas uma carta do Santo Padre Clemente V, encontrada em pesquisas dos Arquivos Secretos do Vaticano e da fundação italiana Scrinium. Nas letras do Papa Bertrand de Gouth, que reinou entre 1305 e 1314, a Ordem dos Templários é exonerada de toda culpa que a condenara, de satanismo, homossexualismo, blasfêmia e heresia. O aparecimento desse documento surge num momento assaz oportuno, quando as especulações da história medieval se intensificam, dando largos espaços às fábulas baseadas nos episódios reais. E a Ordem dos Templários, quiçá por sua grandiosidade e benemerência, tem sido um dos temas mais apreciados, desde há muito tempo.
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão foi uma Ordem Militar fundada em Jerusalém em 1118. Era o período das Cruzadas, em que os católicos se levantavam para libertar a Terra Santa do jugo herético dos mouros. Hugo de Payens, Geoffroy de Saint-Omer e companheiros reuniram-se, naquele instante de inflamado devotamento para resguardar os monumentos/relíquias da cristandade, formando essa ordem que protegia os peregrinos que iam ao Oriente. Para isso, criaram hospitais que se tornaram famosos pelo seu esplendor e pela caridade com que atendiam a romeiros e pobres. Para isso, contribuíram os cristãos a mancheias e a Igreja reconheceu os Templários pela aureola de prestígio e de coragem que revestia essa grandiosa obra, cuja Regra teria sido ditada pelo célebre Abade de Claraval e sua divisa traduzia todo o desapego do mundo para maior glória de Deus: "Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam" (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome daí a glória).
O crescimento e o poderio inevitável da Ordem suscitou a invidia regum. O cenário político do Velho Mundo naquele instante era propício para a França, com o ousado Felipe o Belo no trono da Filha Dileta da Igreja e, no Trono de Pedro, o francês Bertrand de Gouth, que dois anos após o início da perseguição aos Templários transferiria a sede da Igreja, de Roma para Avinhão. Naquele momento histórico suscitava uma espécie de revolução contra a Igreja e a Civilização Cristã, no próprio seio da Esposa Imaculada de Cristo. O poderio da Ordem ameaçava política e economicamente, dada sua influência, a Felipe IV. Há exatos 700 anos, a 13 de outubro de 1307, O Belo fecha todas as sedes da Ordem, expropria seus bens e promove processos contra ela. A seu exemplo seguiram-se outros reis, exceto o de Portugal, onde o patrimônio dos Templários foi entregue à Ordem de Cristo, criada por Dom Dinis, a cujo Senhorio pertenciam as terras lusitanas, aquém e além mar.
O estudioso da Idade Média, Franco Cardini, que trabalhou na edição da obra que apresenta a carta de Clemente V ressalta que "a prerrogativa do Papa era a de dissolver a ordem, mas ele nunca a condenou". Cardini acrescenta que o documento achado "testemunha que o Pontífice não a considerava herege". A extinção dos Templários foi essencial para que o caos do gnosticismo se espalhasse. Era o prenúncio da renascença da Antigüidade Clássica.
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão foi uma Ordem Militar fundada em Jerusalém em 1118. Era o período das Cruzadas, em que os católicos se levantavam para libertar a Terra Santa do jugo herético dos mouros. Hugo de Payens, Geoffroy de Saint-Omer e companheiros reuniram-se, naquele instante de inflamado devotamento para resguardar os monumentos/relíquias da cristandade, formando essa ordem que protegia os peregrinos que iam ao Oriente. Para isso, criaram hospitais que se tornaram famosos pelo seu esplendor e pela caridade com que atendiam a romeiros e pobres. Para isso, contribuíram os cristãos a mancheias e a Igreja reconheceu os Templários pela aureola de prestígio e de coragem que revestia essa grandiosa obra, cuja Regra teria sido ditada pelo célebre Abade de Claraval e sua divisa traduzia todo o desapego do mundo para maior glória de Deus: "Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam" (Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome daí a glória).
O crescimento e o poderio inevitável da Ordem suscitou a invidia regum. O cenário político do Velho Mundo naquele instante era propício para a França, com o ousado Felipe o Belo no trono da Filha Dileta da Igreja e, no Trono de Pedro, o francês Bertrand de Gouth, que dois anos após o início da perseguição aos Templários transferiria a sede da Igreja, de Roma para Avinhão. Naquele momento histórico suscitava uma espécie de revolução contra a Igreja e a Civilização Cristã, no próprio seio da Esposa Imaculada de Cristo. O poderio da Ordem ameaçava política e economicamente, dada sua influência, a Felipe IV. Há exatos 700 anos, a 13 de outubro de 1307, O Belo fecha todas as sedes da Ordem, expropria seus bens e promove processos contra ela. A seu exemplo seguiram-se outros reis, exceto o de Portugal, onde o patrimônio dos Templários foi entregue à Ordem de Cristo, criada por Dom Dinis, a cujo Senhorio pertenciam as terras lusitanas, aquém e além mar.
O estudioso da Idade Média, Franco Cardini, que trabalhou na edição da obra que apresenta a carta de Clemente V ressalta que "a prerrogativa do Papa era a de dissolver a ordem, mas ele nunca a condenou". Cardini acrescenta que o documento achado "testemunha que o Pontífice não a considerava herege". A extinção dos Templários foi essencial para que o caos do gnosticismo se espalhasse. Era o prenúncio da renascença da Antigüidade Clássica.