Nos últimos meses, Conselheiro Lafaiete tem sofrido por causa de uma certa indisposição política, mal estar este causado pelo inquérito aberto pela Câmara de Vereadores para analisar os processos de licitações realizados pela Prefeitura, nos dois últimos anos. A CPI tornou no Brasil, nos últimos anos, um instrumento não apenas de investigação, mas, muito mais, de um sensacionalismo partidário incapaz de ser superado por um outro. A impressão causada pelas CPIs no Congresso Nacional, com uma mega estrutura midiática, para que não se perca nada, pensando no "furo" de reportagem, além de se tornar um palco onde melhor podem se desempenhar alguns protagonistas da política nacional, talvez isso tudo tenha iludido os lafaietenses, senão alguns mais interessados por essa situação, pensando numa oportunidade de maior e melhor visibilidade.
Mas nada disso aconteceu. O processo correu sigiloso e parecia não resultar em muito estardalhaço. No entanto, os acusados se adiantaram nas últimas semanas. Primeiro, uma entrevista disparou a primeira saraivada de ataques pouco fundamentados - para não dizer sem nenhum fundamento -, mesquinhos e, pior ainda, baixos. Existe um princípio de que não se ataca uma autoridade constituída, uma simples questão de boas-maneiras; isso tanto é comum que a Câmara, ao se preocupar com os comentários de possíveis irregularidades, não passou a agressões ao executivo; buscou um meio legal – que é a CPI – para averiguá-los. Depois da entrevista houve uma tentativa de mobilização da população. Organizou-se uma manifestação. Um carro de som, na véspera, circulava pela cidade conclamando os lafaietenses para participar daquele ato de solidariedade ao chefe do executivo. Foi um fiasco. Provavelmente, o alvo daquele tributo pensou como o salmista: "Rodeia-me uma malta de cães, cerca-me um bando de malfeitores" (Ps21,17).
Daí, sugere-nos uma reflexão: o que é moral política? Se olharmos a origem da palavra moral (do latim mores, relativo aos costumes), entenderíamos que a moral política no Brasil é o que ocorre em nossos dias, como sempre ocorreu. É um costume, na Terra de Santa Cruz, o oportunismo, a conveniência pessoal, a exploração, o mau-caratismo, a esperteza e tudo o que encontraria apoio no perspectivismo de Nietzsche. Não quero dizer que sua doutrina apoie essa delinqüência política, mas esta encontra, comodamente, nos argumentos nietzschianos um salvo-conduto para suas arbitrariedades, para suas imoralidades.
Mas a moral não pode se relativizar, como tudo se relativiza em nosso tempo. O princípio moral deve ser cristão e, a partir dele, será possível constatar que a moral política, ilesa dos desvios decorrentes das fragilidades humanas, ao contrário, capaz de ao menos tentar ordenar esses desvios, não existe no Brasil. E pela sua falta, vemos o que vimos na última semana em Lafaiete: um desesperado clamor para que acreditem na lisura da atual administração municipal. Ora, é dito popular que "quem não deve, não teme". Logo.
Mas nada disso aconteceu. O processo correu sigiloso e parecia não resultar em muito estardalhaço. No entanto, os acusados se adiantaram nas últimas semanas. Primeiro, uma entrevista disparou a primeira saraivada de ataques pouco fundamentados - para não dizer sem nenhum fundamento -, mesquinhos e, pior ainda, baixos. Existe um princípio de que não se ataca uma autoridade constituída, uma simples questão de boas-maneiras; isso tanto é comum que a Câmara, ao se preocupar com os comentários de possíveis irregularidades, não passou a agressões ao executivo; buscou um meio legal – que é a CPI – para averiguá-los. Depois da entrevista houve uma tentativa de mobilização da população. Organizou-se uma manifestação. Um carro de som, na véspera, circulava pela cidade conclamando os lafaietenses para participar daquele ato de solidariedade ao chefe do executivo. Foi um fiasco. Provavelmente, o alvo daquele tributo pensou como o salmista: "Rodeia-me uma malta de cães, cerca-me um bando de malfeitores" (Ps21,17).
Daí, sugere-nos uma reflexão: o que é moral política? Se olharmos a origem da palavra moral (do latim mores, relativo aos costumes), entenderíamos que a moral política no Brasil é o que ocorre em nossos dias, como sempre ocorreu. É um costume, na Terra de Santa Cruz, o oportunismo, a conveniência pessoal, a exploração, o mau-caratismo, a esperteza e tudo o que encontraria apoio no perspectivismo de Nietzsche. Não quero dizer que sua doutrina apoie essa delinqüência política, mas esta encontra, comodamente, nos argumentos nietzschianos um salvo-conduto para suas arbitrariedades, para suas imoralidades.
Mas a moral não pode se relativizar, como tudo se relativiza em nosso tempo. O princípio moral deve ser cristão e, a partir dele, será possível constatar que a moral política, ilesa dos desvios decorrentes das fragilidades humanas, ao contrário, capaz de ao menos tentar ordenar esses desvios, não existe no Brasil. E pela sua falta, vemos o que vimos na última semana em Lafaiete: um desesperado clamor para que acreditem na lisura da atual administração municipal. Ora, é dito popular que "quem não deve, não teme". Logo.