Sugeriram-me, dias atrás, abordar temas do quotidiano de nossa cidade. Confesso encontrar dificuldade para isso, pois um juízo provinciano, mesquinho, geralmente domina o conceito de algumas pessoas quando se vêem envolvidas em questões que dizem respeito ao bem comum. Mas, para atender ao que me foi solicitado, vamos lá.
Na última edição do Jornal CORREIO, foram suscitados os prováveis pré-candidatos a prefeito para o próximo pleito, que só acontecerá em outubro de 2008, ou seja, ainda falta mais de um ano. E o frufrulhar da sanha política já começa a se ouvir nos bastidores da política local, insinuando, salvo engano (e Deus permita que eu esteja equivocado), mais um sentimento de ambição do que o ardente desejo de dedicar-se à res publica. Essa ambição é perniciosa ao comprometer os destinos administrativos da comuna por mais quatro anos. Aliás, bendita a hora em que o Congresso Nacional permitiu a reeleição dos cargos executivos, suavizando a carência da população, eterna vítima das instabilidades dos governos "provisórios" impostos, até então, pela Constituição para céleres quatro anos. Herdeiros de uma cultura paternalista que somos, até certo ponto acomodados com uma ilusória estabilidade que os mandatos permanentes garantiriam – o que nem sempre acontece, a possibilidade de reeleição de um bom governo tranqüiliza os mais cautos. Possibilita, ainda, a continuidade de diversos trabalhos que em menos de um lustro seria impossível desenvolvê-los a ponto de atestarem sua proficiência.
Em Conselheiro Lafaiete já se experimentou a vantagem da reeleição, sucedendo-se, mercê do processo democrático, um outro estilo administrativo que, não obstante a insatisfação de determinados grupos e as dificuldades que vão surgindo na condução de políticas específicas, além dos proveitos que um e outro tendem a tirar das oportunidades que o poder lhes oferece, vai-se concluindo mais um mandato que não foi tão auspicioso como muitos esperavam, muito menos desastroso o quanto alguns acreditavam. A propósito, vem-nos à mente a afirmação de Bismarck de que "a política não é uma ciência exata, é apenas uma arte"; que não seja, contudo, "a arte de tirar o melhor proveito possível de determinadas situações", como a conceitua Maurice Barrés. Que não seja esse o escopo de alguns pusilânimes que se infiltram no entourage dos que estão no poder, senão será a ruína do governo.
Estas linhas, que se devaneiam em torno de tão complexo e, até certo ponto, detestável e, antagonicamente, fascinante tema, não propõem uma apologia à reeleição da atual administração, muito menos a sua execração. Apenas chama à atenção as pessoas de bom-senso. Que não se deixem levar pela simples oposição por motivos pessoais ou ideológicos, uma vez não haver ideologia precisa que norteie a política atual no Brasil. Que as negociações partidárias busquem propor, simplesmente, o contínuo desenvolvimento do município e o bem-estar da população, atentos a uma observação de Alphonse Karr: "em política, quanto mais ela muda, mais é a mesma coisa".
Na última edição do Jornal CORREIO, foram suscitados os prováveis pré-candidatos a prefeito para o próximo pleito, que só acontecerá em outubro de 2008, ou seja, ainda falta mais de um ano. E o frufrulhar da sanha política já começa a se ouvir nos bastidores da política local, insinuando, salvo engano (e Deus permita que eu esteja equivocado), mais um sentimento de ambição do que o ardente desejo de dedicar-se à res publica. Essa ambição é perniciosa ao comprometer os destinos administrativos da comuna por mais quatro anos. Aliás, bendita a hora em que o Congresso Nacional permitiu a reeleição dos cargos executivos, suavizando a carência da população, eterna vítima das instabilidades dos governos "provisórios" impostos, até então, pela Constituição para céleres quatro anos. Herdeiros de uma cultura paternalista que somos, até certo ponto acomodados com uma ilusória estabilidade que os mandatos permanentes garantiriam – o que nem sempre acontece, a possibilidade de reeleição de um bom governo tranqüiliza os mais cautos. Possibilita, ainda, a continuidade de diversos trabalhos que em menos de um lustro seria impossível desenvolvê-los a ponto de atestarem sua proficiência.
Em Conselheiro Lafaiete já se experimentou a vantagem da reeleição, sucedendo-se, mercê do processo democrático, um outro estilo administrativo que, não obstante a insatisfação de determinados grupos e as dificuldades que vão surgindo na condução de políticas específicas, além dos proveitos que um e outro tendem a tirar das oportunidades que o poder lhes oferece, vai-se concluindo mais um mandato que não foi tão auspicioso como muitos esperavam, muito menos desastroso o quanto alguns acreditavam. A propósito, vem-nos à mente a afirmação de Bismarck de que "a política não é uma ciência exata, é apenas uma arte"; que não seja, contudo, "a arte de tirar o melhor proveito possível de determinadas situações", como a conceitua Maurice Barrés. Que não seja esse o escopo de alguns pusilânimes que se infiltram no entourage dos que estão no poder, senão será a ruína do governo.
Estas linhas, que se devaneiam em torno de tão complexo e, até certo ponto, detestável e, antagonicamente, fascinante tema, não propõem uma apologia à reeleição da atual administração, muito menos a sua execração. Apenas chama à atenção as pessoas de bom-senso. Que não se deixem levar pela simples oposição por motivos pessoais ou ideológicos, uma vez não haver ideologia precisa que norteie a política atual no Brasil. Que as negociações partidárias busquem propor, simplesmente, o contínuo desenvolvimento do município e o bem-estar da população, atentos a uma observação de Alphonse Karr: "em política, quanto mais ela muda, mais é a mesma coisa".