Os olhos do mundo voltaram-se para a América do Norte, na última semana, atentos e esperançosos, para assistir à posse do presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama. Muitos acreditam ser o início de uma nova fase da história, por tratar-se de uma nação cujo domínio se estende por quase todos os quadrantes da terra, de alguma forma, seja pela influência ideológica, política ou cultural. As aspirações de um novo tempo se reforçam pela opressão causada pelo governo anterior, em que, por diversas vezes, suas atitudes despóticas causaram mal estar entre as nações e afrontou os direitos humanos.
Nos primeiros dias, Obama já determinou medidas que sugerem, destemidamente, uma de suas metas, resgatar a dignidade humana de tantos que sofrem a tirania de um sistema em que se misturam os interesses políticos, econômicos e religiosos. Aliás, os Estados Unidos vivem uma situação peculiar em sua história: mantido por um sistema econômico administrado, em grande parte, por clãs judaicos, tem no poder um descendente de mulçumanos; “primos” que se distanciaram há milênios e que, no curso dos séculos, tomaram posições energicamente hostis que, em nossos dias, refletem amargamente.
No momento de crise em que se inaugura o governo de Barack Obama, renova-se a esperança, tanto naquele país, como naqueles outros onde a influência da América do Norte determina sua sorte. E no afã de mudanças imediatas, muitos poderão, talvez, se decepcionar, dada a dificuldade com que muitos processos nas relações internacionais, de políticas econômicas, ambientais, sociais, entre outras, possam se desenvolver.
Há 45 anos, no dia 11 de abril de 1963, o Beato João XXIII promulgava a Encíclica “Pacem in Terris”. O documento pontifício veio à lume enquanto a Guerra Fria vivia seu auge, às vésperas de um confronto que poderia ser fatal para o ocidente e para o oriente. E no correr da pena do Papa Bom, ia-se traçando, de forma profética – como posteriormente observou seu predecessor, João Paulo II -, “a fase seguinte da evolução das políticas mundiais”. Definia o Santo Padre, naquele instante temeroso, o conceito do “bem comum universal”, defendendo a necessidade de uma autoridade pública internacional capaz de promovê-lo.
Exortava, ainda, o Santo Padre que “devem os poderes públicos da comunidade mundial considerar objetivo fundamental o reconhecimento, o respeito, a tutela e a promoção dos diretos da pessoa humana, com ação direta, quando for o caso, ou criando, no plano mundial, condições em que se torne mais viável aos poderes públicos de cada comunidade política exercer as próprias funções específicas” (nº 138).
Desde então, procura-se sempre esse perfil nos governantes e instituições. Mas, talvez, somente agora ela começa a se delinear na figura do jovem presidente dos Estados Unidos, negro, de origem adversa à de seus predecessores da Casa Branca, enfim, um novo homem, com novas propostas e atitudes que, se realmente forem honestas e bem fundadas nos princípios éticos e morais, poderão ajudar a “Paz na Terra” almejada por João XXIII, em que a fraternidade e a caridade entre as grandes e pequenas nações sejam equiparadas.
Ao final do Documento, elevava o Papa uma oração pela paz no mundo, “com ardentes preces ao Redentor divino que no-la trouxe. Afaste ele dos corações dos homens quanto pode pôr em perigo a paz e os transforme a todos em testemunhas da verdade, da justiça e do amor fraterno. Ilumine com sua luz a mente dos responsáveis dos povos, para que, junto com o justo bem-estar dos próprios concidadãos, lhes garantam o belíssimo dom da paz. Inflame Cristo a vontade de todos os seres humanos para abaterem barreiras que dividem, para corroborarem os vínculos da caridade mútua, para compreenderem os outros, para perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias. Sob a inspiração da sua graça, tornem-se todos os povos irmãos e floresça neles e reine para sempre essa tão suspirada paz” (nº 170). É essa mesma oração que o mundo eleva até Deus, neste momento, esperançoso no governo de Barack Obama, não pelos seus méritos apenas, mas pela graça de Deus que tudo pode.
Nos primeiros dias, Obama já determinou medidas que sugerem, destemidamente, uma de suas metas, resgatar a dignidade humana de tantos que sofrem a tirania de um sistema em que se misturam os interesses políticos, econômicos e religiosos. Aliás, os Estados Unidos vivem uma situação peculiar em sua história: mantido por um sistema econômico administrado, em grande parte, por clãs judaicos, tem no poder um descendente de mulçumanos; “primos” que se distanciaram há milênios e que, no curso dos séculos, tomaram posições energicamente hostis que, em nossos dias, refletem amargamente.
No momento de crise em que se inaugura o governo de Barack Obama, renova-se a esperança, tanto naquele país, como naqueles outros onde a influência da América do Norte determina sua sorte. E no afã de mudanças imediatas, muitos poderão, talvez, se decepcionar, dada a dificuldade com que muitos processos nas relações internacionais, de políticas econômicas, ambientais, sociais, entre outras, possam se desenvolver.
Há 45 anos, no dia 11 de abril de 1963, o Beato João XXIII promulgava a Encíclica “Pacem in Terris”. O documento pontifício veio à lume enquanto a Guerra Fria vivia seu auge, às vésperas de um confronto que poderia ser fatal para o ocidente e para o oriente. E no correr da pena do Papa Bom, ia-se traçando, de forma profética – como posteriormente observou seu predecessor, João Paulo II -, “a fase seguinte da evolução das políticas mundiais”. Definia o Santo Padre, naquele instante temeroso, o conceito do “bem comum universal”, defendendo a necessidade de uma autoridade pública internacional capaz de promovê-lo.
Exortava, ainda, o Santo Padre que “devem os poderes públicos da comunidade mundial considerar objetivo fundamental o reconhecimento, o respeito, a tutela e a promoção dos diretos da pessoa humana, com ação direta, quando for o caso, ou criando, no plano mundial, condições em que se torne mais viável aos poderes públicos de cada comunidade política exercer as próprias funções específicas” (nº 138).
Desde então, procura-se sempre esse perfil nos governantes e instituições. Mas, talvez, somente agora ela começa a se delinear na figura do jovem presidente dos Estados Unidos, negro, de origem adversa à de seus predecessores da Casa Branca, enfim, um novo homem, com novas propostas e atitudes que, se realmente forem honestas e bem fundadas nos princípios éticos e morais, poderão ajudar a “Paz na Terra” almejada por João XXIII, em que a fraternidade e a caridade entre as grandes e pequenas nações sejam equiparadas.
Ao final do Documento, elevava o Papa uma oração pela paz no mundo, “com ardentes preces ao Redentor divino que no-la trouxe. Afaste ele dos corações dos homens quanto pode pôr em perigo a paz e os transforme a todos em testemunhas da verdade, da justiça e do amor fraterno. Ilumine com sua luz a mente dos responsáveis dos povos, para que, junto com o justo bem-estar dos próprios concidadãos, lhes garantam o belíssimo dom da paz. Inflame Cristo a vontade de todos os seres humanos para abaterem barreiras que dividem, para corroborarem os vínculos da caridade mútua, para compreenderem os outros, para perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias. Sob a inspiração da sua graça, tornem-se todos os povos irmãos e floresça neles e reine para sempre essa tão suspirada paz” (nº 170). É essa mesma oração que o mundo eleva até Deus, neste momento, esperançoso no governo de Barack Obama, não pelos seus méritos apenas, mas pela graça de Deus que tudo pode.