A empresa novelística da TV explora, em horário inconveniente, os sete pecados capitais. Não é de se admirar, visto as fontes de corrupção da graça serem temas correntes nas telenovelas - cito estas por serem de grande audiência, de maior alcance na sociedade. E, talvez, por ser a baixeza mais rentável (por causa de seu sensacionalismo), exploram-na de todas as formas. Assim, está no ar a novela "Sete Pecados", propagando as artimanhas desses vícios que, desordenados, seduzem os homens, levando-os à decadência moral.
E ao ver a exposição dos sete pecados capitais, sugere-se a reflexão das virtudes morais que os opõem: humildade, desapego, castidade, caridade, temperança, paciência e diligência. Propostas como essas, que custam a determinação da pessoa, quiçá insinuem um "discurso medieval", como consideram alguns. No entanto, são os esforços necessários na luta contra as inclinações que levam ao mal. Isso porque, assim como o vício é uma tendência que incita ao mal, assim também a virtude arraiga em nós uma disposição que nos impele a praticar o bem. Aristóteles definiu a virtude como "um justo meio"- "in medio stat virtus". De fato, ela ocupa o lugar a uma distância igual de dois extremos. Destarte, a humildade se opõe à soberba, o desapego à avareza, a castidade refreia a luxúria, a caridade, a inveja, a temperança combate a gula, a paciência é contrária à ira e a diligência à preguiça.
Com o auxílio da graça no exercício dessas virtudes, que vão se adquirindo-as por imposição de uma tenaz determinação, o espírito se abre, sensibilizando-se às virtudes infusas que Deus Nosso Senhor concede à alma. Ora, repetição dos mesmos atos dá à nossa faculdade mais força e mais facilidade para executá-los, como a continuação das mesmas impressões embota a sensibilidade; assim é que uma pessoa se acostuma ao frio, ao calor, aos cheiros e, até certo ponto, ao sofrimento. Logo, a vivência das virtudes é uma questão de determinação e de prática, passando elas, então, a reger nossa conduta.
Com o auxílio da graça no exercício dessas virtudes, que vão se adquirindo-as por imposição de uma tenaz determinação, o espírito se abre, sensibilizando-se às virtudes infusas que Deus Nosso Senhor concede à alma. Ora, repetição dos mesmos atos dá à nossa faculdade mais força e mais facilidade para executá-los, como a continuação das mesmas impressões embota a sensibilidade; assim é que uma pessoa se acostuma ao frio, ao calor, aos cheiros e, até certo ponto, ao sofrimento. Logo, a vivência das virtudes é uma questão de determinação e de prática, passando elas, então, a reger nossa conduta.